quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cruzeiro tem a quarta maior torcida da região Sudeste!

Cruzeiro já tem a quarta maior torcida da Região Sudeste!
Retirado do site: http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/04/timao-lidera-pesquisa-de-torcidas-no-sudeste-203-contra-156-do-fla.html?utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed

 17/04/2013 07h05 - Atualizado em 17/04/2013 07h05



Setorização de estudo mostra vantagem do Corinthians na única região do país que não tem clubes de fora entre as maiores torcidas. São Paulo é o 3º

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
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A torcida do Corinthians é a maior do Sudeste, segundo análise da Pluri Stochos Pesquisas e Licenciamento Esportivo. A empresa de consultoria esportiva, que realizou umapesquisa de abrangência nacional divulgada em março, revelou os últimos detalhes da setorização do estudo por regiões do Brasil. Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a Fiel lidera a preferência do público com 20,3% dos entrevistados: 4,7 pontos percentuais a mais que os torcedores do Flamengo, que somam 15,6% no território.
Sudeste (Foto: Infoesporte)
O São Paulo aparece em terceiro lugar, escolhido por 11,1% das pessoas. Cruzeiro e Palmeiras vêm logo depois, com 8,5% e 6,2%, respectivamente. Na sequência, o Atlético-MG tem 5,6% e é seguido de perto por Santos (5,3%), Vasco (4,5%), Fluminense (2,4%) e Botafogo (2,2%). O somatório dos torcedores de outras equipes equivale a 2,3% dos entrevistados. O Cruz-Maltino, que foi a grande surpresa na pesquisa de abrangência nacional com a quarta maior torcida do Brasil, não teve a mesma força no recorte local do estudo.
Entre os estados correspondentes à setorização, o Espírito Santo é o único que não tem representante nas maiores preferências do público. A região ainda é a única do país em que clubes de outras localidades não estão na lista das maiores torcidas. Além disso, o Sudeste possui 16% de pessoas que não torcem para nenhum time, que é o menor percentual se comparado às outras quatro regiões brasileiras.
A pesquisa nacional foi conduzida em 146 municípios, em todos os 26 estados e mais o Distrito Federal, e ocorreu entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013. A amostra compreende 21.049 entrevistados, acima de 16 anos. Em todo o Brasil, a torcida do Fla lidera com 16,8%, 2,2% a mais que os torcedores do Corinthians. Ainda segundo o estudo, 20,8% da população brasileira não torcem para qualquer clube. A margem de erro para o universo pesquisado é de 0,68%.
Confira o ranking das torcidas na Região Sudeste:
1º) Corinthians - 20,3%
2º) Flamengo - 15,6%
3º) São Paulo - 11,1%
4º) Cruzeiro - 8,5%
5º) Palmeiras 6,2%
6º) Atlético-MG - 5,6%
7º) Santos - 5,3%
8º) Vasco - 4,5%
9º) Fluminense - 2,4%
10º) Botafogo - 2,2%
Outros clubes - 2,3%
Não torcem para nenhum clube - 16%

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Carta de Vittorio Medioli à CBV

Eu já sabia desta carta à CBV. O presidente da Confederação também sabia. Tanto que antes do jogo final da Superliga deste ano, na tribuna, conversou comigo e Alberto Medioli sobre a insatisfação do SADA Cruzeiro com a polarização de recursos que inviabiliza a manutenção dos clubes. Não se trata de choro de perdedor. Tal assunto já está sendo conversado com a CBV antes do Cruzeiro ser campeão da Superliga 2011/2012.
A solução passa pela formação de uma liga independente ou pela formação de um "Clube dos 13" do volei.
Como o blog do Daniel Bortoletto divulgou a missiva pelo link http://blogs.lancenet.com.br/volei/2013/04/15/email-bombastico-de-dirigente-do-sadacruzeiro-para-a-cbv/ , copio aqui a revolta do amigo Vittorio Medioli.


Prezados Ary, Renato, Fabio e demais dirigentes do vôlei nacional,
Parabéns a vocês da CBV. Atingiram todos os objetivos fixados para esta Superliga. Venceram, mesmo entre vitimas que terão, agora, que enterrar.
Deixo-lhes algumas ponderações tardias que deveria ter tido a coragem de fazer no ano passado, mas que a vitória e minha saúde me dissuadiram em fazer:
- 6 atletas de seleção num time com orçamento de R$ 17 mi
- 5 atletas de seleção num time com orçamento acima de R$ 12 mi que é mantido por contribuição sindical compulsória, por força de lei,  inclusive da minhas empresas. Recursos destinados legalmente e estatutariamente ao amparo social e educacional dos trabalhadores e de seus filhos.
- o trabalhador da minha empresa não torce pelo Sesi, torce pelo Sada; não é amparado pelo Sesi,  e se vê a disputar contra o SESI. Minhas empresas contribuem ao SESI por força de lei, nossos fundos são doações expontaneas e comerciais. Um patrocinador privado investe no que é sustentável,  não numa loucura sem parâmetro econômico e responsabilidade social, certamente não para enfrentar que tem recursos sem limites, desviados das finalidades constitucionais.
- CBV, com seus equívocos, conseguiu realizar uma divisão nítida no vôlei brasileiro. Um vôlei bilionário, estratosférico, sem compromissos com gastos,   que pode pagar mais que times russos, poloneses, italianos e arrematar toda a seleção; outro vôlei barnabé cujos patrocinadores, intimidados, fogem espantados por tanta irracionalidade.
- Os times por imposição de CBV/Globo  não possuem nome, quem decide o nome ridiculo do time é a rede que levou os direitos televisivos, sem pagá-los aos clubes. Pelo menos, pagasse para fazer o que quer!, mas é de graça.
- Não existe premiação de entrada e de resultado, nem direitos de televisionar. Se Não tem espaço na grade de programação, também não existe vontade de CBV se acordar com mais canais de tevê (mesmo de graça como é com a rede Globo (?), unica titular. Globo cobra para ceder a transmissão para outros canais?
- Nem meu time, dispondo do atrativo de títulos nacionais e internacionais conseguiu algum patrocinador. Perdeu ou BMG que pagava suadamente R$ 600 mil por uma temporada inteira. Não se sentiu retribuido pelo titulo mineiro, nacional, Sul Americano!  Imagine os demais times o que podem esperar nessa situação.
- a final da Superliga se disputa numa manha de domingo. A grade não permite outra solução. A rede de tevê determinou, ponto final. No exterior é a melhor de 3 ou de 5 jogos, aproveitando a importância da decisão para dar retorno aos patrocinadores e satisfação aos torcedores, vender camisas, dar visibilidade a quem investe.
- CBV distribui ajudas ao clube que quiser, sem transparência, impessoalidade e proporcionalidade, deveres de uma entidade que recebe recursos públicos?
- Bancos patrocinadores que investiam no vôlei, não investem mais em atletas e quadras, forrados de BB. BB não dá nada aos clubes.
- Os patrocinadores da Superliga e da Seleção são os mesmos. Pagam para patrocinar a Seleção e levam a Superliga de troco. Nisso os times nada recebem.
- Hoje no final do jogo, na tevê, os comentaristas comemoravam que agora começa o circuito mundial . “ACABOU” Superliga, até com regozijo. Rio se consagrou o templo do vôlei do dinheiro. Unilever+Sky e EBX.
- Ficarão em quadra durante os próximos 5 meses, apenas 12 atletas milionários de 2 clubes apenas, enquanto 300 atletas e centenas de técnicos  estarão sem remuneração, perdendo apartamentos, e vivendo uma agonia cíclica de 6 meses de inatividade absoluta e constrangedora.
- Ao escutar esse triunfalismo me deu vontade de chorar, sabendo o que isso significa para o mundo do vôlei, centenas de famílias na inseguranças e de jovens na desorientação.
- o próximo jogo do Sada será em final de setembro ou outubro, depois de 6 meses de inatividade. Pagaremos salários e despesas de 20 atletas e técnicos profissionais, aguardando que CBV reinvente a cada ano uma nova ilusão de Superliga, rejuntando os cacos dos cacos da anterior.
- os clubes são culpados. Acreditam em papai Noel.
- Os patrocinadores não atenderão ao telefone dos clubes até outubro. O clube se desintegra por inercia, por “não existir” durante 7/8 meses, por não ter o que fazer.
- Insisto na tese de alguns analistas desse mundo do vôlei que culpam o equivocado projeto do Sesi/SP – que deveria investir suas verbas de forma impessoal e  proporcional para filhos de trabalhadores e seu lazer. Gerou-se com a invasão um vôlei milionário, disparatado,  no meio do vôlei tupiniquim no qual Cimed fazia sucesso e formava atletas.
- Havia um campeonato “Paulista” tão importante e disputado quanto Superliga. Entrou Sesi e em  São Paulo o vôlei enfrentou uma rápida decadência, os times foram desmantelados: SBC, Pinheiros, Volei Futuro, São Caetano, Santo André, Medley e, fora de SP, o glorioso Cimed mais meia duzia desistiram de sobreviver.
- Quem faz as contas antes de entrar em disputa e considera a existência do Sesi e de seu orçamento galático  desiste de competir, só tem direito em sonhar num bronze. SESI pode pagar 2 vezes mais de quanto um time russo oferece e 3 vezes mais de quanto um primeira linha do Brasil consegue. O RJX, nem se fala, será campeão pelo resto da decada, pois Sesi usa mal seu dinheiro..
- a falta de competitividade assola a Superliga, nunca será um torneio de grande importância que possa beneficiar um numero maior de pessoas e levar grande alegria aos jovens e torcedores. É um modelo sem sustentabilidade, eivado de absurdos.
- Depois de 4 temporadas de Sesi, o que sobrou? O RJX, com 50% mais de orçamento (!) do  que o próprio SESI. Os atletas da seleção se dividem entre eles. A próxima Superliga já tem finalistas decididos e campeão garantido.
- Mais logico a CBV pedir ao Senat, Senai, Sesc, Senar, Sest, Sebrae, Sescoop, IEL, Abdi, Apex,etc disputar entre si uma Superliga Sindical  milionária com 100% de atletas da seleção.  O jogo vai ficar mais parelho, mais justo, mais competitivo entre iguais que pode usar dinheiro de contribuições sindicail compulsória como metralhadora.
- como amante do vôlei segurei minhas lagrimas várias vezes, frente a tantas incongruências,  achando que Deus premiaria sempre quem disputa com o coração e com esportividade, mas o vôlei do dinheiro sem limite chega a ser imbatível.
- Os clubes são frágeis e, mais devastados ficam, ao fim de uma Superliga como essa que sagrou a “seleção brasileira” campeão do torneio do tostão contra o bilhão. Absurdo e irreal.
Vittorio Medioli